Prefeito assinou nesta terça-feira (15) o decreto de implantação do órgão municipal, que apoiará consumidores insatisfeitos recebendo denúncias sobre empresas de bens e serviços que operam na cidade.
O Decreto nº 56.871/2016 que instituiu o PROCON Paulistano foi publicado no DOM desta quarta-feira (16/03).
A Prefeitura
de São Paulo lançou nesta quinta-feira (11) para consulta pública o decreto que
institui o Procon Paulistano. A iniciativa visa preencher uma lacuna no
atendimento ao consumidor da capital e será implantada sem gerar custos ao
município. O texto do decreto poderá receber contribuições da população durante
30 dias, por meio do site da Secretaria de Negócios
Jurídicos.
“A novidade do
Procon Paulistano é que, por ele se valer da experiência já existente do
sistema nacional, dá um salto qualitativo naquilo que nos cabe fazer. Leva em
consideração o que foi feito, tentando introduzir novos ingredientes que
promovam a defesa do consumidor numa cidade que injustificavelmente não tinha
um Procon”, disse o prefeito Fernando Haddad, durante apresentação da
iniciativa.
O prefeito destacou que existem atualmente mais de 800 Procons municipais no
país e que apenas 11 capitais não contam com esse tipo de órgão, entre elas São
Paulo. Entre as 15 capitais que já possuem Procons estão Rio de Janeiro, Recife
e Belo Horizonte.
A criação de um órgão municipal de defesa do consumidor na capital paulista vem
sendo tentada desde 1988, mas nunca chegou a ser concretizada. Uma dessas
tentativas foi o Decreto 40.202/2000, que passou por uma modernização para a
elaboração do texto que está atualmente em consulta pública. “Não podemos
errar. Houve várias tentativas no passado que não foram frutíferas. Então
procuramos, antes de tomar uma decisão, fazer uma reflexão com a sociedade
sobre o nosso modelo”, explicou o prefeito. A expectativa é que o Procon
Paulistano entre em operação dentro de 120 dias.
“Ousaria dizer que esta é uma solenidade histórica, porque seguramente a cidade
de São Paulo deve ser a que tem o maior número de consumidores do país, as
sedes das principais empresas ou, no mínimo, algumas filiais gestoras, e que
não tinha um espaço para se discutir a defesa pública do consumidor”, disse a
secretária Nacional do Consumidor no Ministério da Justiça, Juliana Pereira da
Silva.
Diferenciais do Procon Paulistano
As principais
características do Procon Paulistano serão o atendimento por meio digital e o
foco na mediação e solução de conflitos entre consumidores e as empresas
fornecedoras de produtos ou serviços. O novo órgão vai complementar a atuação
das entidades públicas de defesa do consumidor em âmbito nacional – Secretaria
Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça – e estadual – Fundação
Procon, ligada à Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania.
O Procon Paulistano também vai promover políticas de educação para o consumo,
produzir pesquisas de preços para a orientação dos consumidores da capital e
fazer análise e acompanhamento de dados. Poderá ainda negociar com as empresas
a elaboração de termos de ajustamento de conduta (TACs) e propor ações civis
públicas (ACPs).
O atendimento digital que será realizado pelo órgão municipal vai garantir maior eficiência no contato com o consumidor, uma vez que o Procon estadual prioriza o atendimento presencial e por telefone. Em 2015, as solicitações por e-mail corresponderam a apenas 9,72% de todas as demandas atendidas pelo Procon São Paulo. No Rio de Janeiro, por exemplo, onde já existe um órgão municipal de defesa do consumidor, 53,28% dos atendimentos do Procon Carioca foram feitos por e-mail.
“O Procon estadual tem uma presença forte no atendimento presencial, que é muito importante. A maior parte do atendimento é por telefone, que também é muito importante. O nosso foco é de complementaridade. O Procon estadual também já está consolidado como órgão de fiscalização, de punição e sanção. Esse não vai ser o foco do Procon Municipal, que terá atendimento completamente digital por meio da internet. Queremos focar na mediação, e não na fiscalização, porque o cidadão compra um produto com defeito e quer que aquele produto seja trocado”, disse o secretário Robinson Barreirinhas (Negócios Jurídicos).
O secretário Robinson Barreirinhas explicou que o Procon Paulistano vai
aproveitar a estrutura já existente na Procuradoria Geral do Município, sem a
criação de novos cargos nem aumento de despesas. As diretorias, incluindo as
áreas de Atendimento, Fiscalização, Educação e Pesquisa e de TACs e ACPs serão
ocupadas por procuradores de carreira.
A participação social será garantida pela criação do Conselho Municipal de
Defesa do Consumidor (Condecon Paulistano), composto por representantes do
poder público, de entidades de consumidores e fornecedores e da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB). O Ministério Público e a Defensoria poderão
participar, como observadores, das reuniões.
Fonte: Secretaria
Executiva de Comunicação da Prefeitura de São Paulo
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