Fonte: Tributário nos Bastidores
https://tributarionosbastidores.wordpress.com/2016/03/15/fis/
O Plano Anual da Fiscalização da
Secretaria da Receita Federal do Brasil para o ano-calendário de 2016 listou as
novas estratégias de fiscalização que serão utilizadas em 2016. De acordo
com o relatório, a Receita espera autuar em 2016 algo em torno de R$ 155,4
bilhões e tem em vista 20 mil contribuintes com indícios de
irregularidades, dentre eles ilícitos praticados por (i) pessoas jurídicas de
grande porte e (ii) pessoas físicas detentoras de elevado patrimônio ou renda.
Para isso serão utilizadas algumas novas
ferramentas de fiscalização, tais como:
1. Intercâmbio com outros países
Disponibilização de informações decorrentes
de Intercâmbio com outros países, em especial, com os Estados Unidos, pois a
partir de 2016, a RFB receberá dados do IRS (Receita Federal
Norteamericana) e os cruzará com informações prestadas por brasileiros
que têm contas bancárias em instituições financeiras naquele país.
2. E-Financeira
Será de enorme valia para captar informações em
instituições financeiras paracruzamento de dados.
3. Sped – eSocial
“Além das novas funcionalidades no eSocial, módulo
Empregador Doméstico, como o desligamento, o Módulo Completo, destinado aos
empregadores de maior porte, será desenvolvido e começará a captar informações
a partir de 2016, em paralelo com o desenvolvimento dos módulos simplificados
para o MEI e para pequenos produtores rurais”.
4 . Monitoramento dos Maiores
Contribuintes:
A Receita Federal está fiscalizando os grandes
contribuintes mais de perto quanto a irregularidades ou inconsistências no
pagamento de tributos. O objetivo da Receita é não permitir que os
contribuintes fiquem sem pagar seus débitos tributários por períodos para não
se “auto financiarem” com dinheiro destinados a tributos, bem como a iniciar
imediatamente a fiscalização quando alguma situação irregular ocorrer.
A finalidade do acompanhamento diferenciado dos
maiores contribuintes é: (i) Ajudar a RFB com informações rápidas e
conhecer sobre o comportamento tributário dos maiores contribuintes; (ii) agir
em data próxima ao fato gerador da obrigação tributária; (iii) produzir
análises sobre as variações negativas relevantes que resultem, ou possam
resultar, em queda da arrecadação; (iv) realizar iniciativas junto aos
contribuintes para que esse se autorregularize.
Além disso, a atividade de gestão do passivo
tributário dos maiores contribuintes compreenderá, entre outras: (i)
identificar todos os créditos tributários exigíveis ou com exigibilidade
suspensa; (ii) identificar as demandas relativas a declarações de compensação
ou de pedidos de restituição, ressarcimento ou reembolso; e (iii)gerenciar
planos de ações e metas.
Serão acompanhadas de perto 9.401 pessoas jurídicas
e 5.075 pessoas físicas em todo o território nacional.
5. Autorregularização para os Optantes do
Simples Nacional
Segundo a Receita Federal “foram identificadas
inconsistências em quase 19 mil declarações do Simples, relativas aos valores
oferecidos à tributação e registros em documentos fiscais emitidos por esses
próprios contribuintes, tais como NFe. A RFB, em conjuntos com os Estados,
enviou comunicado para autorregularização, que ficará disponível no portal do
Simples Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/)
até o dia 20/04/2016”.
Em 2016 o grande problema das empresas do Simples
são os desajustes entre a Receita Bruta declarada e o total das Notas Fiscais
emitidas, que chegam a R$10 bilhões, o que indica que pelo menos R$ 400 milhões
em tributos foram sonegados considerando a alíquota média de 4%. Assim,
se o optante do Simples não proceder a sua regularização, poderá ser
fiscalizado e excluído do regime.
Fonte: Tributário nos Bastidores
https://tributarionosbastidores.wordpress.com/2016/03/15/fis/
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