A ideia é cobrar
mais imposto de quem recebe salário como empresa. Medida antielisão fiscal
pretende compensar parte dos efeitos da correção em 5%
A cobrança de mais Imposto de Renda (IR) das pessoas que recebem salário como empresa é uma das mudanças previstas na proposta de correção da tabela do imposto que estão sendo preparadas
pelo governo.
A alteração resultaria em uma arrecadação de mais de R$ 2
bilhões por ano, informou hoje uma fonte do governo à Agência Estado.
O objetivo, de acordo com a fonte, é enfrentar a chamada "pejotização" em vários setores da economia, e a medida antielisão fiscal ajudaria a compensar parte dos efeitos da correção em 5% da tabela do IR.
O
secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, afirmou nesta
terça-feira (3/5), que a pasta está finalizando os documentos para enviar a
correção da tabela de Imposto de Renda (IR) ao Congresso através de um projeto
de lei (PL), que será encaminhado junto com medidas compensatórias.
"A equipe está debruçada neste momento e o projeto será
enviado com a maior brevidade possível", disse.
Questionado sobre se o governo está preparando outras medidas
tributárias para serem anunciadas, o secretário afirmou que o PL não terá um
impacto negativo para a arrecadação.
"A correção da tabela será compensada com outras medidas
que serão divulgadas oportunamente. O projeto já vai (para o Congresso) com as
medidas compensatórias junto", afirmou.
O reajuste da tabela
só vai entrar em vigor em 2017, mas a
equipe econômica trabalha para que o impacto da medida seja neutro.
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