Fonte: Agência Senado
O Plenário do Senado concluiu nesta terça-feira (28) a atualização das
regras para o enquadramento das empresas no Supersimples. O texto base foi aprovado na terça-feira passada (21), mas
foi submetido a um turno extra de votação, por se tratar de um substitutivo.
Com 58 votos a favor – 17 a mais que o mínimo necessário – a matéria foi aprovada
por unanimidade em turno suplementar. A intenção era fazer a votação final na última quarta-feira
(22), mas as emendas apresentadas em Plenário motivaram mais um pedido de
adiamento de votação. Como houve alteração, a matéria volta para a análise da
Câmara dos Deputados.
Supersimples é como é conhecida a legislação com regras tributárias
simplificadas para as empresas de pequeno porte. A maioria das manifestações
dos senadores foi no sentido de destacar a importância do projeto para as
pequenas empresas e para o crescimento econômico do país. O presidente do
Senado, Renan Calheiros, afirmou que a atualização do Supersimples ainda pode
ajudar o Brasil na geração de empregos.
- É um projeto muito importante para elencar um fato positivo, de modo a
incentivar a retomada do crescimento da economia do país – declarou Renan.
A relatora do projeto, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), explicou que o
objetivo das alterações é fazer mais empresas aderirem ao Simples – e,
consequentemente, gerar mais empregos. Marta é autora do substitutivo ao
projeto original do ex-deputado Barbosa Neto (PLC 125/2015 - Complementar). Segundo
Marta, o texto levado ao Plenário tenta contemplar a maior parte dos
interessados. Ela destacou que houve sugestões de governadores, da Receita
Federal e de entidades representativas.
- O projeto se pauta no tripé: simplificação, tributação diferenciada e
incentivo ao emprego. O atual momento exige essa preocupação com o emprego –
afirmou Marta.
Emendas
Na semana passada, o líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP), havia manifestado preocupação com a inclusão de muitas categorias no
Supersimples, com receio de “um rombo fiscal muito grande”. Junto com o senador
Armando Monteiro (PTB-PE), ele apresentou uma emenda para
definir o critério de capacidade de geração de emprego (a relação entre folha
de pagamento e receita bruta, entre 23% e 28%) para o enquadramento das
empresas e das diversas categorias profissionais dentro das faixas que permitem
impostos mais baixos. Marta acatou a emenda, classificando-a como "um avanço”.
- Quanto mais emprego uma empresa gerar, menos imposto vai pagar. É um
critério universal, para que as diversas categorias profissionais possam
usufruir do Supersimples – explicou Marta.
A relatora ainda acatou emendas sobre inclusão de serviços odontológicos,
regras de exceção sobre o recolhimento de ISS e ICMS e papel do
investidor anjo – que será beneficiado pelo Simples já a partir de 2017. A
maioria das medidas entra em vigor em 2018. O projeto também eleva o limite de
receita bruta anual para o enquadramento como microempreendedor individual, que
passa dos atuais R$ 60 mil para R$ 81 mil.
Acordo
O senador José Pimentel (PT-CE) elogiou a atuação da relatora, que
acatou várias emendas apresentadas pelos senadores. Pimentel informou, no
entanto, que pedirá aos deputados para fazer mais alguns ajustes no texto. O
senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) parabenizou Marta e o líder do governo pelo
acordo sobre o texto final. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)
elogiou o acordo sobre o texto definitivo e sobre as emendas, que permitiu um
tratamento mais igualitário entre as categorias profissionais. Ele ainda
destacou a importância da legislação do Supersimples para as empresas de
pequeno porte.
- Foi uma grande vitória! Buscamos uma solução para todas as categorias
– afirmou Caiado.
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