Fonte: Agência Senado
A
conclusão da votação do projeto que atualiza as regras para o enquadramento das
empresas no Supersimples ficou para a próxima terça-feira (28). O texto base
foi aprovado na noite de terça-feira (21), mas precisa ser submetido a turno
extra de votação, por se tratar de um substitutivo. Como houve alteração, a
matéria voltará para a análise da Câmara dos Deputados, caso ocorra a aprovação
definitiva.
A
intenção era realizar a votação do texto final, juntamente com os destaques, na
sessão desta quarta-feira (22). O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), porém, pediu
mais tempo para analisar os últimos ajustes e as últimas emendas apresentadas.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acatou a sugestão e contou
com o apoio das lideranças em Plenário.
-
Foi positivo esse procedimento acordado. Teremos um tempo maior para uma melhor
reflexão sobre as emendas apresentadas – afirmou Renan.
Crescimento
Supersimples
é como é conhecida a legislação com regras tributárias simplificadas para as
empresas de pequeno porte. A maioria das manifestações dos senadores foi no
sentido de destacar a importância do projeto para as pequenas empresas e para o
crescimento econômico do país. O presidente Renan afirmou que a atualização do
Supersimples ainda pode ajudar o Brasil na geração de empregos.
-
É um projeto muito importante para incentivar a retomada do crescimento da
economia do país – declarou Renan.
A
relatora do projeto, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), explicou que o objetivo
das alterações é fazer mais empresas aderirem ao Simples – e, consequentemente,
gerar mais empregos. Marta é autora do substitutivo ao projeto original do
ex-deputado Barbosa Neto (PLC 125/2015 - Complementar). Segundo Marta Suplicy, o texto levado ao
Plenário contempla a maior parte dos interessados. Ela destacou que houve
sugestões de governadores, da Receita Federal e de entidades representativas.
Empregos
O
líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), manifestou
preocupação com a inclusão de muitas categorias no Supersimples, com receio de
“um rombo fiscal muito grande”. Junto com o senador Armando Monteiro (PTB-PE), ele apresentou uma emenda
para definir o critério de capacidade de geração de emprego (a relação entre
folha de pagamento e receita bruta, entre 23% e 28%) para o enquadramento das empresas
dentro das faixas que permitem impostos mais baixos. Marta acatou a emenda,
classificando-a como um “avanço”.
-
As categorias passam para um anexo melhor à medida que geram mais empregos. Por
exemplo, se um fisioterapeuta ampliar a clínica e gerar mais empregos, passa
para uma classificação melhor. O critério passa a ser o emprego – explicou a
relatora.
Os
senadores José Aníbal (PSDB-SP) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) apoiaram a emenda.
Aníbal disse que o critério de geração de emprego é “estimulante” para o
momento de crise pelo qual passa o Brasil. Esse destaque também será votado na
próxima terça-feira. Por conta dessa emenda, outros dois destaques foram
rejeitados, conforme acordo estabelecido no Plenário.
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