Fonte: Agência Senado
Senado aguarda
análise de governadores para votar atualização do Supersimples na próxima
semana
O
limite máximo de renda para uma empresa pertencer ao Supersimples, que
atualmente é de R$ 3,6 milhões, será elevado para R$ 4,8 milhões
O
Senado deve votar na próxima semana a atualização do Supersimples, programa de
tributação simplificada para micro e pequenas empresas. Governadores que se
reuniram nesta quarta-feira (8) com o presidente da Casa, Renan Calheiros,
enviarão suas análises e sugestões sobre o projeto até a próxima segunda (13).
A partir disso, o Plenário já poderá apreciar a matéria.
A
relatora, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), apresentou susbtitutivo ao PLC
125/2015, que atualiza o Supersimples. O texto da relatora eleva as faixas de
renda bruta anual necessárias para que empresas e microempreendedores
individuais se encaixem no programa. Também suaviza a progressividade da
tributação sobre os participantes. Além disso, dobra o prazo de refinanciamento
das dívidas tributárias dos micro e pequenos empresários.
Renan
Calheiros disse que o projeto pode ser o “primeiro passo” para retomar o
crescimento da economia e a geração de empregos no Brasil, ao desburocratizar e
desonerar a atividade das micro e pequenas empresas e dos microempreendedores
individuais.
O
governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, afirmou que a proposta foi
muito bem recebida e deve ser ratificada pelos demais chefes dos Executivos
estaduais
—
O projeto caminha na direção ampliar os limites do Supersimples sem impactar as
finanças dos estados. Solicitamos um prazo até o início da semana que vem
porque existem peculiaridades em cada estado, mas estou muito otimista que
faremos um bom acordo.
Rollemberg
aproveitou para agradecer ao Senado pela aprovação da PEC dos Precatórios (PEC
159/2015), outra agenda de interesse dos estados, e manifestou confiança de que
a Casa também aprovará a PEC da Desvinculação de Receitas da União (DRU), ainda
em análise na Câmara dos Deputados. Renan garantiu que a DRU terá tratamento
prioritário quando chegar ao Senado.
A
reunião de lideranças da próxima terça-feira (14), um dia após as respostas dos
governadores, decidirá sobre a inclusão em pauta do PLC 125.
Além
de Rollemberg, compareceram à reunião os governadores de Alagoas, Renan Filho;
da Paraíba, Ricardo Coutinho; de Pernambuco, Paulo Câmara; e de Sergipe,
Jackson Barreto. Além deles, estavam presentes os secretários estaduais de
Fazenda do Distrito Federal, de Goiás, do Maranhão e de São Paulo.
Supersimples
Marta
Suplicy comemorou a boa receptividade do projeto pelos governadores e viu com
naturalidade o pedido de um prazo para que eles analisem os detalhes do texto e
as consequências específicas das mudanças para cada estado. Ela ressaltou que
mais de 95% dos empregos no Brasil são gerados por pequenas empresas, e por
isso é necessário estimular a atividade delas.
—
Estamos vendo uma quebradeira muito grande. Sabemos que, para injetar dinamismo
na economia, precisamos de um projeto que permita não só que essas empresas não
fechem mas que se animem. Tem muito profissional liberal que está sendo
demitido e gostaria de abrir a sua pequena empresa. Isso vai ajudar nessa
direção.
Algumas
das mudanças no seu substitutivo, em relação ao projeto original, são
relacionadas a necessidades específicas dos estados. O limite máximo de renda
para uma empresa pertencer ao Supersimples, que atualmente é de R$ 3,6 milhões,
é elevado para R$ 4,8 milhões, em vez dos R$ 14 milhões do texto original. Isso
foi feito para não prejudicar a arrecadação dos estados, segundo a senadora.
Em
compensação, explicou Marta Suplicy, a Receita Federal cedeu na negociação das
dívidas tributárias e aceitou dobrar o prazo do refinanciamento para 120 meses.
Nas novas configurações do projeto, Marta estima que a União terá uma perda de
arrecadação de R$ 1,8 bilhão. No entanto, os estados e municípios poderão
obter, respectivamente, R$ 105 milhões e R$ 54 milhões a mais com a nova
configuração do programa.
Caso
seja aprovado pelo Senado, o PLC 125 terá que voltar para a Câmara. Marta
Suplicy disse acreditar que a tramitação na outra Casa não será problemática.
—
Como a Câmara participou com representantes em todas as negociações, está tudo
bem azeitado. Acredito que antes do final de junho nós aprovaremos o projeto —
declarou a senadora.
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