Fonte:
Convergência Digital
Aumento é inviável para qualquer empresa, disse o diretor da
Fenacon, Sérgio Approbato Junior
Uma
reportagem do jornal Folha de São Paulo desta segunda-feira, 06/03, revela que
o governo Temer planeja fazer a reforma tributária em três etapas. Na questão
relativa ao PIS/COFINS, o PIS ficaria à frente, já com mudanças a partir deste
mês (março) e a COFINS a partir de junho. As mudanças viriam por Medidas Provisórias,
para acelerar a entrada em vigor do novo regime.
Segundo
ainda dados da reportagem, a PIS representou em 2016, 4% da arrecadação do
governo federal. Já a COFINS, representou 16%. Governo acredita que com as
mudanças o PIB poderia crescer até 5% em valor num prazo de dez anos.
A
alteração no PIS/COFINS é considerada uma catástrofe para as empresas do setor
de Telecomunicações e de Tecnologia da Informação. No segmento de Telecom, as
empresas calculam um prejuízo superior a R$ 2 bilhões por ano. Já o segmento de
tecnologia da informação prevê o desaparecimento de um em cada cinco postos de
trabalho.
“Uma
medida como essa tira o Brasil do grande cenário competitivo mundial da
tecnologia da informação, portanto somos de opinião totalmente contrária a qualquer
movimento na reformulação ou readequação relacionada a PIS/COFINS. Estimamos em
cerca de 20%, ou seja, que 200 mil pessoas devem ficar desempregadas”, afirmou
o vice-presidente regional da Federação Nacional das Empresas de Informática,
Fenainfo, Rafael Sebben, após manifestação setorial no final do ano passado.
A
proposta de alteração circula no governo há mais de um ano e sobreviveu à troca
de comando em Brasília. “A alíquota vai pular de 3,65% para 9,25%, um aumento
nominal de 253%. Para quem não tem crédito [de insumo] nenhum, que é a maioria
do setor de serviços, esse aumento é real, inviável para qualquer empresa. E
vai chegar indiretamente aos outros segmentos, a indústria e o comércio
também”, resumiu o diretor da Fenacon, a federação das empresas de serviços
contábeis, Sérgio Approbato Junior. No final do ano passado, o presidente da
Câmara Federal, o deputado Rodrigo Maia, se posicionou contra a mudança e
assegurou que a Casa não votaria uma proposta para aumentar a carga tributária.
*Com
informações da Folha de São Paulo
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