De
olho nas regras fiscais e no plano de fiscalização da Receita Federal,
contribuinte trabalhe com quem entende e atende à legislação
A
Receita Federal promete mais eficiência na fiscalização para combater à
sonegação.
Com base nos procedimentos de seleção
de sujeitos passivos executados em 2016, a expectativa é de recuperação via
lançamento de ofício de R$ 143,4 bilhões.
Confira:
Receita
espera recuperar R$ 143 bilhões em ações de fiscalização
Fonte: Receita Federal
A
Receita Federal divulgou hoje, 2/3, o Planejamento de Fiscalização para 2017 e
o Resultado de 2016.
Com
base nos procedimentos de seleção de sujeitos passivos executados em 2016, a
expectativa é de recuperação via lançamento de ofício de R$ 143,4 bilhões.
Estão
na mira do Fisco 14.308 contribuintes com indícios de irregularidade.
O subsecretário de Fiscalização,
auditor-fiscal Iágaro Jung Martins, anunciou que o foco das operações de
combate à sonegação são:
-
planejamento tributário vinculado a eventos de reorganização societária com
geração de ativos amortizáveis e envolvendo fundos de investimentos em
participações;
-
tributação de resultados auferidos em controladas e coligadas no exterior;
-
sonegação envolvendo distribuição isenta de lucros;
-
evasão nos setores de cigarros, bebidas e combustíveis;
-
desvio de finalidade do papel imune em operações de revendas inidôneas;
-
planejamento tributário envolvendo direitos de imagem de profissionais;
-
falta de recolhimento de carnê-leão por profissionais liberais; omissão de
receitas com base em NF-e; e
-
omissão no recolhimento de contribuição previdenciária e de receitas ou
rendimentos a partir de indícios de movimentação financeira incompatível.
Intercâmbio de informações
com outros países
Conforme já ocorrido em 2016, em
2017, a Receita usará as informações recebidas do IRS (Receita Federal
Norte-americana) para confrontá-las com as demais informações prestadas pelos
contribuintes brasileiros que possuem contas bancárias em instituições financeiras
nos Estados Unidos da América, no âmbito do Foreign
Account Tax Compliance Act (FATCA).
Para dados a partir de 2017,
essa rede de acordos se ampliou significativamente, com suporte da Convenção
sobre Assistência Mútua Administrativa em Matéria Tributária de que trata o
Decreto no 8.842, de 29 de agosto de 2016. A própria Convenção permite que
signatários estendam a assistência mútua para fatos anteriores a 2017, e o
Brasil já iniciou tratativas nesse sentido.
Operações especiais de fiscalização
A Fiscalização da RFB continuará na
prospecção e na execução de operações em conjunto com outras instituições para
combater crimes contra a ordem tributária, a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Lava Jato
A meta é concluir os 850
procedimentos de fiscalização em andamento, com possibilidade de desdobramentos
adicionais em decorrência dos procedimentos fiscais em curso. Os
Auditores-Fiscais identificaram pagamentos efetuados a outras dezenas de
empresas que possuem características similares às das empresas "noteiras".
Esses pagamentos teriam recursos
oriundos de outros setores não ligados ao de petróleo, tais como setor elétrico
e de energia, transporte, saneamento básico. O fato foi comunicado à
Força Tarefa acompanhado de pedido de quebra do sigilo bancário pela via
judicial. A Fiscalização da Receita já iniciou seus trabalhos para apuração de
ilícitos em outros setores já identificados.
Ararath
Pretende-se concluir os 34
procedimentos de fiscalização em andamento.
Zelotes
A Operação Zelotes foi deflagrada
para investigação de esquema criminoso, criado para influenciar decisões do
Conselho Administrativo de Recursos Fiscais – CARF e reduzir ou anular Autos de
Infração e multas decorrentes de autuações fiscais da Receita Federal do
Brasil.
Serão encerrados 15 procedimentos em
andamento e avançará sobre os demais núcleos de investigação, tais como
julgadores do CARF, advogados, empresários, e lobistas, entre outros. Outra
frente de trabalho da Fiscalização na Operação Zelotes é de produzir
fundamentos, via representações, para anulação dos julgamentos com vício, o que
deve gerar os maiores resultados para os cofres públicos, tendo em vista os
valores dos processos envolvidos.
Resultados de 2016
No ano de 2016
a Fiscalização constituiu crédito tributário de R$ 121,66 bilhões,
isto é, 6,2% menor que o lançado em 2015 (R$ 129,73 bilhões), em razão do
retardamento nos encerramentos de alguns procedimentos de auditoria, encerrados
em janeiro de 2017, cujo crédito
tributário total nesse mês somou R$ 35,6 bilhões.
Embora a estimativa para o total de
lançamentos de ofício em 2016 fosse de R$ 155,4 bilhões, o montante de crédito
tributário alcançou o valor de R$ 121,66 bilhões, isto é, 6,2% menor que o
lançado em 2015 (R$ 129,73 bilhões).
Com foco nos grandes esquemas de
sonegação, a Fiscalização da Receita tem ano após ano superado sua atuação
nesse segmento de contribuintes, que respondem por 61% do total arrecadado em
média.
O Plano Anual de Fiscalização de 2017
e os resultados de 2016 podem ser acessados no link http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/auditoria-fiscal
Assista aqui a
entrevista concedida para a TV Receita pelo subsecretário de fiscalização,
auditor- fiscal, Iágaro Jung Martins.
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